Moraes marca interrogatório de Bolsonaro sobre golpe para semana que vem

Moraes marca interrogatório de Bolsonaro sobre golpe para semana que vem

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou para começar em 9 de junho os interrogatórios dos réus na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após derrota para Lula, em 2022. O que aconteceu Os interrogatórios vão ocorrer presencialmente. Pela primeira vez, Bolsonaro e seus aliados vão se encontrar presencialmente na sala de audiências da Primeira Turma do Supremo. Primeiro a depor será Mauro Cid, delator no processo e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. "Interrogatórios serão iniciados com o réu colaborador, conforme determina a legislação, e na sequencia serão realizados em ordem alfabética. Apenas Braga Netto vai ser ouvido de forma virtual. Ele continua preso no Rio. Réus seguem proibidos de conversarem entre si. Eles continuam sujeitos às proibições determinadas por Moraes ao longo da investigação sobre tentativa de golpe, como a de manterem contato entre si. Com isso, o próprio ministro deixou claro ao final da sessão de hoje que os réus poderão se cumprimentar, mas que não podem manter diálogos entre si. As medidas cautelares continuam valendo. Obviamente, não há necessidade de nenhum dos réus faltar com a educação, não há nenhum problema de se cumprimentarem, mas continuam impedidos de conversar entre si. Cada um terá local reservado na sala de audiências da Primeira Turma. Alexandre de Moraes, ministro do STF, ao explicar sobre audiências de interrogatório dos réus Com exceção de Braga Netto, estarão presentes na audiência de interrogatório os réus: Jair Bolsonaro Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência) Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) Moraes deixou agendada a semana para interrogatórios. Na próxima segunda, das 14h às 20h, na terça, das 9h às 20h, na quarta, das 8h à 10h, na quinta, das 9h às 13h, e na sexta, das 9h às 20h. "Se ainda assim houver necessidade serão agendadas novas datas para finalizarmos os interrogatórios. Moraes agradeceu a todos ao encerrar a fase de audiências. "Quero aqui antes de continuar, agradecer a todos os advogados e advogadas e ao PGR e hoje ao vice-PGR pela laneza, pela educação, pela colaboração de todos nessas pouco mais de duas semanas que nós convivemos aqui por videoconferência ouvindo como disse essas 52 testemunhas", afirmou. Próxima etapa do processo. Após os interrogatórios, deve ser aberto um prazo para todas as partes pedirem novas diligências. Advogados e a Procuradoria-Geral da República podem solicitar mais informações, pedir a produção de provas ou até eventualmente alguma perícia. Último a depor Parlamentar aliado de Bolsonaro depôs como testemunha de defesa do ex-presidente e de Braga Netto. O senador Rogério Marinho (PL-RN) foi o último a ser ouvido na ação penal contra o integrantes do "núcleo crucial" da trama golpista, que envolve Bolsonaro e outras sete pessoas, incluindo ex-ministros como Braga Netto e Augusto Heleno. Marinho negou ter tratado de golpe com Bolsonaro e Braga Netto após o segundo turno. Ele disse que tratou com Bolsonaro somente sobre eleição para a presidência do Congresso e sobre a situação do partido deles. E com Braga Netto ele relatou que se encontrou com ele duas vezes no Alvorada e que o foco das conversas foi a situação do PL.

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